Artigos/ NewslettersNesta secção irá encontrar todas as newsletters que vão saindo para os nossos subscritores. A KAMAE tem por objectivos dar conhecimento que aumente a cultura empresarial da área e produtividade. Esperamos estar à altura das vossas expectativas! Se quiser sugerir temas para nós abordarmos, contacte-nos.http://www.kamaelei.com/o-que-sabemos/artigos-newslettersRelativizar os problemas em 2015...http://www.kamaelei.com/o-que-sabemos/artigos-newsletters/PostId/89/relativizar-os-problemas-em-2015GestãoFri, 26 Dec 2014 17:23:53 GMT<p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Esta Newsletter escrevo‐a em mais um destino de trabalho: Maputo em Mo&ccedil;ambique, pa&iacute;s onde eu nasci e que por artes do destino &eacute; um dos meus locais de trabalho. O c&iacute;rculo da vida se fecha. </p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Sempre que venho a &Aacute;frica todos os meus &ldquo;problemas" s&atilde;o relativizados. Para fazer qualquer coisa a dificuldade &eacute; grande e tudo &eacute; um obst&aacute;culo, para al&eacute;m das quest&otilde;es culturais. Mas o que &eacute; mais interessante &eacute; conhecer pessoas que t&ecirc;m sonhos e que, apesar de terem bastantes dificuldades, est&atilde;o a lutar por eles. Come&ccedil;aram por viver numa cabana, mas pouco a pouco, sem desistir e sempre com um sorriso nos l&aacute;bios, est&atilde;o a vencer e com passos de beb&eacute; est&atilde;o a atingir o que pretendem.</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Sempre que apanho um taxi gosto de falar um pouco com o taxista sobre a sua hist&oacute;ria de vida. Muitos deles s&atilde;o uns her&oacute;is e com uma linguagem de esperan&ccedil;a.</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Mas o que &eacute; que isto tem a ver convosco?</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Tudo! Porque esta &eacute; a minha mensagem de Natal para todos v&oacute;s.</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Haja o que houver, tenham os problemas que tiverem, relativizem‐nos! Quando estiver a falar, pare, escute‐se e procure olhar para o seu padr&atilde;o de linguagem porque este vai ter um forte impacto na sua vida profissional e pessoal.</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Por esta altura est&aacute; a pensar: "Oh Ricardo que seca de conversa!" Mantenha-se comigo mais 3 minutos&hellip;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">J&aacute; s&atilde;o 18 anos de experi&ecirc;ncia nesta &aacute;rea que me permitem perceber que o padr&atilde;o da linguagem utilizado pelas pessoas de um escrit&oacute;rio &eacute;, muitas vezes, definido pelas pessoas com cargos de coordena&ccedil;&atilde;o ou direc&ccedil;&atilde;o. Este padr&atilde;o de linguagem cria o ambiente no escrit&oacute;rio.</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">H&aacute; pouco tempo cheguei a um escrit&oacute;rio de advogados e o s&oacute;cio referiu‐me: "Estamos cheios de problemas!" e eu perguntei quais e depois de os analisar, pensei "Isto s&atilde;o problemas?". Vi que, claramente, a produtividade tinha baixado. Tentei ajudar mostrando que h&aacute; solu&ccedil;&otilde;es, mas dado o estado tenso e a linguagem t&atilde;o pesada percebi que, era uma "conversa de surdos" e por isso quebrei o padr&atilde;o em que ele se encontrava levando a conversa para outras &aacute;reas onde o sorriso se esbo&ccedil;ou aliviando os tra&ccedil;os pesados da sua face. Passei pelas v&aacute;rias divis&otilde;es do escrit&oacute;rio para cumprimentar e verifiquei mais uma vez que o clima estava tenso. </p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Penso que &eacute; f&aacute;cil para si perceber uma das raz&otilde;es pela qual a produtividade era baixa. Rev&ecirc;‐se? Mesmo que n&atilde;o seja o seu padr&atilde;o, acontece em alguns dias no seu escrit&oacute;rio? Porque nem todos nos levantamos cheios de energia e dizemos: "Uau outra segunda‐feira fant&aacute;stica! Mal posso esperar por chegar escrit&oacute;rio e estar com os meus clientes!" Se &eacute; um l&iacute;der tem obrigatoriamente de mudar o seu padr&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Mesmo que n&atilde;o tenha qualquer cargo directivo, a sua linguagem influencia o seu escrit&oacute;rio. Deixem‐me dar-vos outro exemplo: tenho um cliente que na sua equipa tem uma pessoa super trabalhadora e super empenhada, mas que tem sempre um discurso "catastr&oacute;fico". </p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&Eacute; certo que podem existir alguns antecedentes que podem levar a esse discurso, mas n&atilde;o se pode "enrolar" e permitir que esse padr&atilde;o prossiga, porque este s&oacute; lhe vai ser prejudicial a curto ou m&eacute;dio prazo. </p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">Para al&eacute;m de si, esteja atento aos sintomas da equipa:</span></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span>&middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span>Produtividade baixa (veja os tempos que est&atilde;o a ser registados &ndash; se n&atilde;o regista <a href="http://www.kamaelei.com/">clique aqui</a>);&nbsp; </p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span>&middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span>As pessoas n&atilde;o se falam; </p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span>&middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span>Quando falam com o l&iacute;der est&atilde;o tensas;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span>&middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span>Existem discuss&otilde;es;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span>&middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span>Todas as conversas est&atilde;o &agrave; volta do copo meio vazio e nunca do copo meio cheio;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Portanto, o que fazer?</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">1. <strong>Consci&ecirc;ncia</strong>. Primeiro que tudo: tenha consci&ecirc;ncia desse facto. Consci&ecirc;ncia de que est&aacute; com uma linguagem pesada e derrotista em que tudo &eacute; um problema. At&eacute; a tinta que acaba na caneta o faz explodir. Tenha consci&ecirc;ncia e esteja atento aos sintomas; </p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">2. <strong>Linguagem da equipa</strong>. Olhe &agrave; sua volta e observe a linguagem que a sua equipa utiliza: se &eacute; positiva, negativa ou se &eacute; neutra. Identifique quem precisa de quebrar o padr&atilde;o;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">3. <strong>Quebre o padr&atilde;o</strong>. Em si pr&oacute;prio e na sua equipa. Peque num papel e aponte cada vez que algu&eacute;m falou de forma menos positiva e no final do dia ou da semana mostre &agrave; pessoa. O mesmo se aplica a si;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">4. <strong>Substitua o padr&atilde;o por um refor&ccedil;o positivo</strong>. Comece por mudar a linguagem. Por exemplo, em vez de "problema" substitua por "desafio" ou utilize nomes engra&ccedil;ados para caracterizar uma situa&ccedil;&atilde;o menos positiva. Por exemplo, um outro cliente nosso, numa altura em que tinham um processo muito importante a decorrer e que tinham reuni&otilde;es constantes, quando iam para a reuni&atilde;o diziam que iam para a "Missa". &Eacute; certo que n&atilde;o era um termo que puxasse pela motiva&ccedil;&atilde;o, mas sempre servia para sorrir :‐)</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">5. <strong>Relativize sempre o "problema"</strong>. Ele, o "problema", &eacute; t&atilde;o grande quanto a import&acirc;ncia que lhe dermos. Se nos focarmos na solu&ccedil;&atilde;o o problema ser&aacute; sempre menor.</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Deixem‐me contar-vos uma &uacute;ltima hist&oacute;ria: numa forma&ccedil;&atilde;o de empres&aacute;rios em que estive presente, entrou um orador e perguntou &agrave; audi&ecirc;ncia: "Quem tem problemas na sua empresa?", claro que 99% das pessoas levantaram o bra&ccedil;o. A seguir ele disse: "Eu estive 7 anos como ref&eacute;m na guerra do Vietname.&rdquo;, voltou a perguntar: &ldquo;Quem tem problemas?" e agora apenas 1% levantou o bra&ccedil;o... F&aacute;cil de perceber porqu&ecirc;! </p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Relativizar o "problema", n&atilde;o &eacute; desvaloriz&aacute;‐lo, mas sim compreend&ecirc;‐lo e partir para a solu&ccedil;&atilde;o sem dar oportunidade que ele cres&ccedil;a e se apodere de n&oacute;s, da nossa equipa, das nossas rela&ccedil;&otilde;es e da nossa estrat&eacute;gia. Por isso, com o final de ano que se aproxima, coloque nas suas resolu&ccedil;&otilde;es eliminar o padr&atilde;o de linguagem negativo e substitu&iacute;‐lo por um mais positivo. Vai ver que as consequ&ecirc;ncias positivas que da&iacute; adv&ecirc;m ser&atilde;o muitos mais fortes e boas para si e para o seu escrit&oacute;rio!</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Queria-lhe pedir que comentasse o artigo e que me dissesse qual foi o maior obst&aacute;culo em 2014. Pode fazer comentando o artigo no blog ou respondendo directamente ao e-mail. &Eacute; o &uacute;nico pedido que fa&ccedil;o em troca da informa&ccedil;&atilde;o que lhe envio <span>J</span></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Por fim, n&atilde;o queria deixar de desejar a si e aos seus colegas do escrit&oacute;rio um grande Natal em fam&iacute;lia com tudo de bom e um grande, grande, GRANDE 2015.</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Lembre-se que: "Fracassos, para mentes her&oacute;icas, s&atilde;o os degraus do sucesso."</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Thomas Chandler Haliburton</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Ricardo Teixeira</p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><a href="www.facebook.com/consultorrt">www.facebook.com/consultorrt</a></p> <div class="fb-like" data-href="http://www.kamaelei.com/O-que-sabemos/Artigos-Newsletters/PostId/89/relativizar-os-problemas-em-2015" data-layout="button_count" data-action="like" data-show-faces="true" data-share="true"></div>89Advogados & Linguagemhttp://www.kamaelei.com/o-que-sabemos/artigos-newsletters/PostId/47/advogados-e-linguagemGestãoMon, 13 Oct 2014 11:14:28 GMT<p style="text-align: justify;">Para si que &eacute; advogado, solicitador ou jurista, reconhece que os profissionais desta &aacute;rea s&atilde;o normalmente conhecidos por serem bons oradores e pela sua capacidade de argumenta&ccedil;&atilde;o. Mas frequentemente &ldquo;entusiasmam-se&rdquo; em demasia e utilizam uma linguagem que n&atilde;o &eacute; percebida por muitos dos seus clientes, sem que se apercebam. Habitualmente, um jurista, s&oacute; se apercebe desta situa&ccedil;&atilde;o quando vai ao m&eacute;dico ou quando fala com um &ldquo;geek da inform&aacute;tica&rdquo;, pois tamb&eacute;m ele dir&aacute; que &ldquo;n&atilde;o percebo nada do que est&aacute; a dizer&rdquo;.<br /> <br /> O cliente gosta de advogados que falem a sua linguagem e acima de tudo que se interessem pela sua actividade. Um advogado que simplesmente executa o que o cliente quer sem lhe adicionar valor acrescentado est&aacute; condenado a ser mediano. Ali&aacute;s, cada vez mais nos apercebemos que o advogado &ldquo;gestor&rdquo;, o advogado &ldquo;empres&aacute;rio&rdquo; com uma vis&atilde;o mais pr&oacute;xima do mercado e dos neg&oacute;cios, com conhecimentos de gest&atilde;o e de sistemas de informa&ccedil;&atilde;o &eacute; muito mais bem aceite pelas empresas e por conseguinte convidado a participar tamb&eacute;m em decis&otilde;es estrat&eacute;gicas. Cada vez mais, um empres&aacute;rio procura reunir um conjunto de pessoas de confian&ccedil;a &agrave; sua volta e envolve-os no processo de crescimento do neg&oacute;cio.</p> <p style="text-align: justify;">Para al&eacute;m da linguagem utilizada com o cliente, o advogado dever&aacute; procurar perceber o m&iacute;nimo de outros &ldquo;dialectos&rdquo; que s&atilde;o utilizados na sua actividade, nomeadamente: o &ldquo;<strong>contabil&ecirc;s</strong>&rdquo; e o &ldquo;<strong>informatiqu&ecirc;s</strong>&rdquo;. Dizer que &ldquo;n&atilde;o percebo nada&rdquo; ou/ e que &ldquo;n&atilde;o me interessa&rdquo; &eacute; uma postura pouco s&aacute;bia e que n&atilde;o traz nada de bom no futuro. Estamos num mundo cada vez mais global e dominado pela economia e pelas tecnologias de informa&ccedil;&atilde;o, pelo que para bem da sua gest&atilde;o dever&aacute; ter a preocupa&ccedil;&atilde;o de aprender um pouco mais junto dos especialistas e n&atilde;o procurar ser um &ldquo;self-made Tech&rdquo; ou ainda uma pessoa fechada &agrave; aprendizagem julgando-se superior a estas quest&otilde;es que depois tenta opinar (sem ter qualquer suporte de conhecimento) &ldquo;n&atilde;o ficando bem na fotografia&rdquo;.<br /> <br /> Ent&atilde;o deixo-lhe algumas quest&otilde;es para pensar:<br /> <br /> <strong>Quando foi a ultima vez que aprendeu alguma coisa na &aacute;rea financeira ou TI?</strong><br /> <br /> -----------------<span style="text-align: justify;">---</span>---<br /> Ricardo Teixeira<br /> CEO KAMAERT</p> <div class="fb-like" data-href="http://www.kamaelei.com/O-que-sabemos/Artigos-Newsletters/PostId/47/advogados-e-linguagem" data-layout="button_count" data-action="like" data-show-faces="true" data-share="true"></div>47