Sindromes da Moda e da Grande Sociedade

Na newsletter desta semana irei focar duas síndromes que se espalham com muita frequência no mundo jurídico. São elas a Síndrome da Moda e a Síndrome da Grande Sociedade. Tenho visto estas síndromes um pouco por todo o mundo e noto que ambas acarretam decisões erradas com fortes prejuízos. São uma verdadeira "patologia" que se introduz num escritório e se espalha por outros de forma inexplicável e irracional. 

Vamos primeiro falar da Síndrome da Moda. O que é esta Síndrome da Moda?

A palavra síndrome define um conjunto de sinais e sintomas. É frequente os escritórios tomarem decisões por modas. Decisões relativas a equipamento (que já referimos num artigo anterior sobre a escolha de computadores, portáteis e tablets Apple), relativas a software (que escolhem porque viram num outro escritório), referentes a carros (agora é moda os SUV’s) e também a smartphones (escolhem determinada marca ou plataforma simplesmente porque é moda). 
Pior, há escritórios que começam até a fazer um determinado serviço apenas porque é moda sem cuidarem de fazer a necessária abordagem. Um bom exemplo de serviço moda são os Vistos Gold que se fazem agora em Portugal. E como estes existem muitos outros pelo mundo fora…

Felizmente, perguntam com muita frequência a minha opinião em relação a algumas destas decisões e eu respondo com outra pergunta: "Qual é o objectivo concreto e final?". Esta questão é muito poderosa e ajuda-nos a centrar as necessidades. 

A isto chama-se abordagem TOP-DOWN. 

O método desta abordagem consiste em partir do objectivo final e caminhar para trás para perceber exactamente o que é necessário fazer e quais são realmente as necessidades a colmatar. 

Não vá atrás de modas! Qualquer que seja o domínio: informática, contabilidade, recursos humanos, jurídico ou outros. Estude bem a abordagem, mas não fique preso nesta fase muito tempo caso contrário torna-se prejudicial. Pense no que vai fazer e aconselhe-se com profissionais das áreas (se não forem do seu domínio). Não seja alimentado pelos colegas ou por curiosos. 

Peguemos no exemplo dos Vistos Gold: não basta dizer que fazem o serviço, é necessário fazer algum investimento. Tenho uma cliente, Senior Partner, com quem tenho uma boa amizade, que tem investido nesta área com múltiplas viagens à China, sessões de esclarecimento e muito mais. Ou seja, determinou o objectivo de forma clara, elaborou a sua estratégia e colocou-a em curso. Viu a oportunidade e não foi em modas, ao invés optou por determinar exactamente o que era necessário. Outros, simplesmente vêem o que outros fazem e toca a dizer que também fazem… Esta não é a forma correcta, como todos nós de forma consciente percebemos. No entanto alguns, por vezes, deixam-se influenciar pelas modas do momento.

Outro exemplo, que acontece algumas vezes na minha área de implementação de soluções de software é o de alguém perguntar se o software faz determinada funcionalidade quando essa funcionalidade não vai ser utilizada. Geralmente nem sequer têm a maturidade organizacional para fazer o básico e já estão a perguntar-me se, por exemplo, o software faz versionamento de documentos quando ainda nem guardam os documentos na gestão documental… Claro que este exemplo, para além de estar relacionado com a Síndrome da Moda também está relacionado com a Síndrome da Grande Sociedade…

Passemos então à Síndrome da Grande Sociedade. 
Mas agora será em vídeo! 

Clique no vídeo para ouvir o que eu tenho para lhe contar sobre este tema.

Lembre-se que Steve Jobs dizia "Pense diferente!" :-)
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