Rotatividade nas Equipas

Durante este mês de Agosto, estamos a comemorar 5 anos de Newsletters de Gestão dirigidas exclusivamente a advogados, sociedades e dep. juridicos. Mais uma vez não queríamos deixar de agradecer o vosso apoio e feed-back!

Tal como referimos na última newsletter ( se não teve oportunidade de ver a newsletter anterior, clique aqui ), a Rotatividade da equipa é uma tendência cada vez maior nos escritórios de advogados. Este fenómeno é uma consequência da evolução do mercado, mas não só... Os líderes do escritório ou do próprio departamento têm a responsabilidade e o dever de aprender procurando saber o que correu mal, com cada saída em vez de se refugiarem em desculpas como “a pessoa não se encaixava na equipa” que muitas vezes não passam de "histórias montadas na sua mente". Quem está à frente de uma equipa tem sempre a tendência de colocar a "culpa" nos outros, nas condições, no governo ou na "astrologia":-)

Se está a ler esta newsletter e está a pensar que não se aplica a si, porque está em prática isolada, ou porque não tem qualquer papel de liderança; engana-se! É muito importante estar preparado para o futuro porque num dado momento irá assumir um papel de liderança.

Também é verdade que por vezes as pessoas que estão à frente do escritório/ equipa e/ou departamentos estão tão envolvidas no seu trabalho que não se apercebem do que se passa com os seus elementos. É fundamental perceber que as pessoas não são máquinas e que têm de ser tratadas com o respeito profissional e pessoal que merecem.

Por outro lado, o processo de substituição de uma pessoa custa pelo menos 4 vezes mais do que melhorar as condições da pessoa que vai sair. Sem falarmos da moral da equipa... Quando temos pessoas que por vezes nos dizem "Já não conheço as pessoas que entram e saem..." é porque algo está mesmo muito mal.

Então, como é que podemos diminuir esta rotatividade? Tenho inúmeras medidas, mas deixo aqui três muito importantes.

1. Responsabilização. O Líder tem de reconhecer que o principal responsável por esta rotatividade é ele. Foi ele que estabeleceu as regras, foi ele que traçou as guidelines, foi ele que contratou. Por isso, se é o responsável do escritório ou de uma equipa, então o processo de mudança tem de começar por si. Se continuar a "inventar desculpas" nunca irá mudar;
2. Contratação. O ponto seguinte onde podemos diminuir a rotatividade é no próprio acto da contratação. Os americanos têm um provérbio empresarial que diz "Hire slow, fire fast!". Ou seja, quando contrata, tenha a preocupação de ter um processo de contratação bem definido onde possa detectar todas as competências técnicas e sociais que procura; se acha que o candidato não encaixa, mas não tem alternativas viáveis e mesmo assim segue para a contratação está a cometer mais um erro. Raramente encontro nos escritórios processos de recrutamento que sejam eficazes... É sempre o tradicional ciclo de contratação: análise cv, entrevista e decisão, procedimento que não podia estar mais errado! Isto é um processo do século XX e há 14 anos que estamos no século XXI :-)
3. Contenção. O terceiro ponto onde pode diminuir esta rotatividade é fazer "contenção de estragos". Encontrou a pessoa que considerava ideal, mas rapidamente verificou que cometeu um erro (porque todos nós cometemos)! Os primeiros 30 dias chegam para saber se a pessoa serve ou não para o cargo. Se houve um erro de "casting" há que não deixar passar mais tempo e dispensar a pessoa, sem se deixar levar por esperanças de melhoria ou por eventuais sentimentos de pena.

Existem muitos mais pontos importantes que podem ser feitos para reduzir este flagelo que provoca prejuízos não visíveis nos escritórios e que são avultados...

Tem a possibilidade de aprender a reduzir esta rotatividade, melhorar o processo de recrutamento, bem como muitos outros aspectos ligados à gestão dos clientes, fornecedores, escritórios, etc... Se estiver interessado em aprender, então não perca mais tempo e faça já uma pré-inscrição no nosso curso "Elite Lawyers 1.0". São 17 anos de experiência ao seu serviço num curso fantástico que visa transformá-lo num Advogado de Elite!

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Todos temos noção que um advogado com competências fortes de gestão é o Advogado do futuro. É um Advogado de Elite… E os clientes vão querê-lo no seu circulo de decisões. Um cliente corporativo que sente o Advogado como um “seu par” de negócio, é um cliente fiel.

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Se acha que não precisa, tudo bem, mas preocupe-se com a gestão de forma profissional. Cada dia que passa sem se preocupar com estes temas, é um dia que em que perde dinheiro.

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Lembre-se que: "Os sucessos do passado não irão torná-lo um sucesso no futuro!"

Bom fim-de-semana!
Ricardo Teixeira

P.S.: Já agora, gostaria de lhe pedir um “pequeno favor” em troca dos 5 anos de newsletters que tem recebido. Carregue na tecla responder ou reply do e-mail e diga-me: quais são as duas preocupações que gostaria de ver abordadas num curso de gestão para advogados?